A média das pessoas com quem mais convivemos
Uma das frases mais ditas em eventos de administração e motivação é que somos a média das cinco pessoas com quem mais convivemos! Este é um conceito bem antigo e algumas vezes controverso em função de sua interpretação. Aqui vou apresentar uma forma de entendê-lo e um contraponto.
Origem
Muitos alegam que na Bíblia Sagrada, temos a passagem “Diga-me com quem tu andas e eu te direi quem tu és!”. O que não chega exatamente a ser verdade, pois ela esta frase não consta dela. Porém, temos várias outras que nos remetem ao mesmo sentido.
Quem anda com os sábios será sábio; mas o companheiro dos tolos sofre aflição (Provérbios 13, 20)
Não vos enganeis. As más companhias corrompem os bons costumes. (1 Coríntios 15, 33)
Também há passagens nos Salmos, em Mateus e em Jeremias, porém, alguns dirão não acreditar na Bíblia, por serem de outra religião, ou por serem ateus. Sem problemas, aceitem apenas que um dos livros mais antigos e mais vendidos de todos os tempos já possui algumas citações sobre isso. O maior “best seller” de todos os tempos!
Para aqueles que desejam outro tipo de fonte, podemos nos remeter ao escritor e palestrante americano Emanuel James “Jim” Rohn, que disse sermos a média das cinco pessoas com as quais mais convivemos!
De certa forma, o que está sendo dito é que somos seres influenciáveis pelo meio no qual estamos inseridos, não importando o quanto julguemos que tomamos nossas próprias decisões, de uma forma ou de outra, o meio exerce influência sobre elas, o que nos torna mais previsíveis do que gostaríamos.
Aceitar isso como verdade, nos leva a refletir sobre o que queremos para a nossa vida e consequentemente, qual o tipo de pessoa que desejamos à nossa volta! Sendo mais rígidos quanto a estes conceitos, chegaríamos à conclusão de que nossas reais decisões são a respeito das pessoas com as quais passaremos mais tempo juntos.
Minha interpretação
Naturalmente que aqui também há um juízo de valor, desta forma precisamos definir um ponto de comparação. Ao falar da média, estaremos falando da média financeira, amorosa, social, etc., porém, uma de cada vez. De onde depreende-se ser necessário fazermos parte de vários grupos, para que obtenhamos o sucesso pleno.
Sim, é bem verdade que sucesso pleno é outro conceito controverso, pois o sucesso é um conceito abstrato, desta forma, variando para cada pessoa.
Então, se somos a média das pessoas com quem mais convivemos, através do raciocínio lógico, poderíamos deduzir que neste grupo de seis pessoas (eu, mais as cinco pessoas com quem mais convivo), haverá pessoas que estarão no ápice da comparação e outras na base. Por exemplo, se estivermos comparando em termos de resultados financeiros, haverá o mais rico e o mais pobre. Pegando o conceito à risco, o mais rico estaria “prejudicando” sua posição, pois a média o puxaria para baixo. Por outro lado, a melhor posição será sempre a do mais pobre, que será alçado ao sucesso, pela média. Isso nos conduz à linha de ação de tentarmos ser sempre os mais pobres do grupo, para, portanto, obtermos os resultados mais impactantes.
Parece simples? Pois não é, uma vez que ninguém terá o desejo de ser o mais rico, no modelo mencionado acima, onde em tese terminaríamos com grupos de pessoas com praticamente o mesmo sucesso financeiro, ou seja, onde praticamente não haveria ganho, ou perda alguma.
Certo, até aqui só ficou destacada a importância de grupos heterogêneos e o risco do nivelamento por baixo em grupos…
A quem devemos nos associar então? Àquelas pessoas que nos motivam e instigam a despertar o melhor de nós!
Perfeito, mas por que estas pessoas iriam querer se associar a nós? Talvez não queiram…
Como faço então? Posso a “seguir”, acompanhar estas pessoas e tentar clonar a parte da forma delas de agir, que julgo ser benéfica para mim.
Ok, mas então esqueço das frases sobre associação, de que serei a média das pessoas com as quais mais convivo? Não, apenas daria um enfoque diferente a ela.
Não vamos buscar conviver a maior parte do tempo com as pessoas de maior sucesso de nossas áreas, pois estas pessoas não estarão dispostas a passar a maior parte do tempo delas conosco. Decidiremos passar a maior parte do nosso tempo junto a pessoas que estejam buscando o mesmo objetivo que nós e preferencialmente, estejam em um estágio parecido. Desta forma, estaremos todos buscando a mesma coisa e enfrentando as mesmas dificuldades, onde um poderá ajudar ao outro. Afastando aquela ideia de concorrente e focando na ideia de parceiro com objetivo em comum.
Se você está muito motivado a conseguir algo, procure outras pessoas com a mesma motivação e nunca aquelas que não acreditam no seu projeto!
Como diz o famoso ditado Chinês: “As más companhias são como um mercado de peixes; acabamos por nos acostumar ao mau cheiro”.
Podemos inclusive recorrer à Lei da Gravidade, nos socorrendo da física. O que é mais fácil, puxar algo para baixo ou para cima? Exato, por isso devemos nos aproximar de pessoas com o desejo de crescer, para que nos ajudem a subir e não daquelas que só nos levam para baixo.
O mundo sempre terá mais pessoas submersas na lama da mediocridade, do que atingindo o sucesso, desta forma, para obtermos o que os demais não obtém, temos que invariavelmente fazer algo que eles não fazem. Fazer algo diferente, sempre será mais fácil, quando estivermos rodeados de pessoas com a mesma vontade!
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