Dívidas: cuidado ao contrair
Contrair dívidas parece ser uma uma propensão incrível para algumas pessoas e aqui não me refiro apenas às finanças, mas a todas outras, que acabam impactando nas finanças.
No fundo, esse é um comportamento recorrente para muitas pessoas, elas simplesmente não sabem dizer não. Para todos os pedidos que recebem, dizem sim, sem pensar nas consequências disso. Aí cada pedido aceito se transforma em uma dívida, pois se não cumprir, a sua palavra terá perdido validade.
Poucas pessoas aceitam se relacionar com quem possui aquela palavra que não vale nada, ou seja, com aquelas pessoas que nunca cumprem o que prometem. Então muitas vezes você acaba se prejudicando, simplesmente por contrair dívidas, com as quais não precisaria ter concordado.
Mas então chegamos na questão: por que algumas pessoas contraem essas dívidas de forma tão indiscriminada?
Dívidas: por que são contraídas?
Para muitas pessoas, o motivo é a insegurança. Quando iniciam em um novo trabalho, sentem uma profunda necessidade de “mostrar serviço” e para tanto se tornam voluntários a todas tarefas que podem. Querem demonstrar o quanto são úteis à sua nova empresa, justificando a contratação. Ocorre que esse ato faz com que assumam muitos compromissos, que tomarão muito tempo e também gerem muitas expectativas.
Se errar a medida e não der conta de tantas coisas, terá apenas prejudicado a sua imagem com essa atitude, então, para o seu próprio bem, aprenda a dizer não.
Sim, até aqui estou abordando a questão apenas em termos gerais, mas onde entram as finanças nisso? Elas também sofrem impactos dessa insegurança.
Por insegurança em quem somos, muitas vezes, tentamos parecer quem ainda não somos (gostaríamos de ser, mas não somos) e seguimos aquela linha do: pareça até ser.
Então, para parecer o que ainda não é, a pessoa começa a levar uma vida acima do seu padrão financeiro. Adquirindo bens que não precisa, apenas para mostrar àquelas pessoas (que muitas vezes não gostam de você e nem você gosta delas), a fim de se sentir mais seguro diante delas. Assim começam as dívidas…
Entenda que as pessoas não valem pelo que possuem, mas sim, pelo que são. Você não será admirado pelo que tem, apenas pelo que é!
Cenário
Vamos supor que você veja uma pessoa dirigindo o que seria o “carro dos seus sonhos”. O que você faz? Fica admirando a pessoa e achando ela o máximo, ou simplesmente, imagina o que mudaria na sua vida se aquele carro fosse seu? Pois é, você apenas sente o desejo de possuir aquele bem, mas não fica admirando a pessoa que o possui (muitas vezes, às custas de imensas dívidas). O mesmo ocorrerá com quem estiver olhando, quando for você atrás do volante.
Isso significa que em nada muda o valor da pessoa por possuir algo, nem a forma como os outros a veem, a única coisa que muda é a percepção da própria pessoa, em relação a como ela imagina, que os outros a vejam.
Conclusão
Jogue no seu time, não contra ele. Não assuma compromissos desnecessários, nem gasta além do que deveria.
Primeiro, identifique o motivo pelo qual deseja gastar o seu dinheiro e/ou contrair dívidas. Então se esse motivo for algum tipo de insegurança, busque ajuda especializada. Gasta o seu dinheiro com compras, lhe trará um benefício imediato. Sim, serão alguns segundos de prazer! O problema é que esses segundos serão seguidos pela dura realidade.
A realidade será que nada mudou em quem você é. Apenas a sua conta bancária ficou com um saldo menor, ou as suas dívidas cresceram.
Em resumo, há uma espécie de vazio em você, que gera essa insegurança. Parece que esse vazio pode ser preenchido com bens, mas a realidade é que não pode. Não desperdice dinheiro com isso! Agora se a dor dessa vazio for muito grande, resolva ele da forma certa. Não sabe qual seria? Terapia! Suas finanças agradecerão!